As pragas que mais frequentemente atacam os bonsais

PULGÕES
Os pulgões, também conhecidos por afídeos ou piolhos das plantas, são insetos muito pequenos, de 1,5 mm a 3 mm, que se alimentam da seiva das plantas e têm uma cor que está no espectro de cor entre o verde claro, o castanho e o preto. Os indivíduos mais jovens têm habitualmente uma cor mais clara. O ciclo total de vida dos pulgões tem uma duração entre 15 e 25 dias. São uma praga facilmente identificável, mas de difícil erradicação, pela sua elevada capacidade de reprodução. Contudo, são relativamente fáceis de remover das nossas árvores quando descobrimos logo no início a sua existência já que os podemos retirar com cotonetes embebidos em água ou álcool.
Apesar de serem, visualmente, facilmente identificáveis, muitas vezes a sua presença deteta-se apenas pelos sintomas e pelos estragos que causam nas plantas: a atrofia dos brotos novos e a existência de folhas que começam a enrolar-se e a apresentar uma cor amarelada.
Os pulgões excretam uma substância açucarada que atrai a presença de formigas e que favorece o desenvolvimento de um fungo de coloração escura, conhecido por fumagina.
Quando em presença de uma grande infestação desta praga, pode recorrer-se a algumas soluções caseiras, como o uso de sabão neutro, ou podemos utilizar inseticidas para uso em plantas como o KB MULTISECT INSETICIDA ou o COMPO KARATE GARDEN 300. Estas duas soluções já se encontram disponíveis na diluição pronta para ser utilizada, pelo que o risco de uma sobredosagem é reduzido. Se for necessário recorrer a soluções de uso profissional estas apenas podem ser utilizadas/aplicadas por alguém que seja portador de Licença de Aplicador de Produtos Fitossanitários.
A marca Bayer apresenta uma gama muito ampla de inseticidas, da qual se destaca a linha DECIS, a mais indicada para este tipo de praga.
ARANHIÇOS VERMELHOS

O nome “aranhiço-vermelho” é um pouco enganador porque na realidade não se trata de uma aranha mas de um ácaro, (Panonychus ulmi), da família dos Tetraniquídeos e que é bastante frequente em Portugal. O aranhiço-vermelho está entre as pragas mais comuns. São considerados aracnídeos em vez de insetos por causa de suas oito pernas. Existem muitos tipos diferentes e com cores diferentes, mas os mais comuns são o aranhiço-vermelho e o aranhiço amarelo. São minúsculos, difíceis de ver a olho nu, mas bastante vorazes.
Com as condições certas, praticamente qualquer planta pode ser atacada pelo aranhiço- vermelho. Contudo, algumas são mais suscetíveis do que outras. Entre as mais afetadas estão o cedro, a sálvia, a roseira, a camélia, a azálea, entre outras.
De início, a presença da praga pode passar despercebida. Sem uma lupa é difícil vê-los em ação. Temos de aprender a reconhecer os primeiros sinais que aparecem nas folhas e que são pontos acastanhados, amarelos ou brancos ou teias brancas e sedosas que parecem também na parte inferior das folhas e que estes ácaros tecem a fim de reter a humidade e dificultar a ação de potenciais predadores. Com o tempo, as folhas começam a ficar descoloradas, a enrolar e podem morrer.
Se a dimensão da colónia for pequena, os danos poderão ficar por aí. Mas, como eles conseguem reproduzir-se muito rapidamente, uma invasão pode em pouco tempo tornar-se devastadora e a planta ficar permanentemente danificada e até morrer.
Além de terem uma reprodução rápida, eles são perfeitamente capazes de migrar de uma planta para outra. A dispersão faz-se, principalmente, pelo contacto entre plantas, pelo arrastamento pelo vento isoladamente ou em folhas por eles ocupadas, pelo transporte fornecido por insetos e aves, e pelo homem nas suas práticas culturais.
A melhor maneira de prevenir os ataques do aranhiço-vermelho é criando condições para que haja um bom equilíbrio biológico dentro da sua coleção.
O aranhiço-vermelho tem muitos predadores naturais que, com as condições ideais, estão presentes para ajudar no seu controlo. Deve distribuir pelo espaço da sua coleção, plantas como a angélica, o dente-de-leão, o endro ou o girassol, que atraem os predadores naturais dos aranhiços como as joaninhas, crisopas (as larvas destas são predadores vorazes, que atacam insetos de várias espécies, sobretudo de corpo mole como pulgões, ácaros, tripes, mosca-branca, ovos de insetos, lagartas, cochonilhas, pequenas mariposas, lagartas e larvas de besouros), ácaros predadores, antocorídeos, sirfídeos ou moscas-das-flores, e até mesmo aranhas verdadeiras. A prevenção também pode ser feita com plantas aromáticas (alecrim, hortelã, camomila, manjerona, tomilho, erva-príncipe e alcaravia) que servem como repelentes do aranhiço-vermelho.
Um dos tratamentos mais usados contra o aranhiço-vermelho é uma solução de sabão azul e branco devendo borrifar-se cuidadosamente as plantas, duas vezes por semana, até que os aranhiços desapareçam.
O óleo de Neem é igualmente eficaz contra o aranhiço-vermelho.
A calda bordalesa também pode ser usada contra o aranhiço-vermelho mas é mais eficaz como tratamento preventivo.
Antes de aplicar qualquer tratamento, deve primeiro testar numa pequena parte da planta uma vez que cada planta pode reagir de forma diferente. De preferência, faça os tratamentos ao fim do dia. Isso vai permitir que a humidade do tratamento não seque e possa atuar durante a noite. Se não conseguir fazer a aplicação ao fim do dia, faça de
manhã bem cedo antes que a temperatura ambiente comece a subir. Não se esqueça de aplicar sempre em ambos os lados da folha, inferior e superior, qualquer que seja o método/produto escolhido.
COCHONILHAS

São pequenos insetos de 2 a 5 mm de comprimento, de formato arredondado e apresentam um espectro de cor variado entre o branco, o castanho, o preto e, em alguns casos, esverdeado. Existem dois tipos principais de cochonilhas: as que apresentam uma carapaça, que são chamadas cochonilha lapa (Coccus hesperidum), e as que apresentam um revestimento de cor branca são chamadas cochonilha branca ou algodonosa, que têm o corpo revestido por uma substância serosa de cor branca que lembra o algodão.
A cochonilha fixa-se nas plantas e usa a boca para perfurar a casca e alimentar-se da seiva destas, enfraquecendo assim a planta e tornando-a suscetível a doenças e a outras pragas.
Além do dano causado pela alimentação dos indivíduos desta espécie, a cochonilha também segrega uma substância açucarada (vulgarmente designado como “melaço”), que atrai formigas e favorece o crescimento de fungos nocivos, agravando ainda mais a condição de saúde das plantas infestadas. É facilmente disseminada pela proximidade das plantas e também pelas correntes de vento.
São facilmente visíveis a olho nú embora por vezes só se detete a sua presença pelo aparecimento do tal “melaço” ou pelo aparecimento de manchas amareladas nas folhas. Quando detetada muito cedo, é possível combatê-la removendo os insetos com um cotonete embebido em álcool metílico. É muito importante fazer um exame visual detalhado com uma frequência no mínimo semanal para avaliar a condição das plantas e detetar quaisquer alterações que possam comprometer a saúde destas.
Um recurso caseiro de combate a esta praga numa fase inicial, é uma solução preparada com água e sabão azul e branco, criando bastante espuma dentro de um alguidar grande e mergulhando a parte foliar da árvore nessa solução. Depois, deixar secar durante 3 ou 4 horas e voltar a repetir o tratamento.
Depois da segunda secagem deve lavar-se a planta com um jato de água abundante e com alguma pressão para assim remover algum inseto que ainda não tenha caído da planta durante este processo.
Outro tratamento possível e eficaz é com sabão potássico. A solução de sabão de potássio é classificada como um produto de limpeza agrícola polivalente e é utilizada na agricultura biológica para diferentes fins pois é totalmente biodegradável e não tóxica. Para além da sua ação de limpeza, atua também como inseticida, sendo adequado para o controlo de pragas muito comuns como moscas-brancas, pulgões e cochonilhas, tanto na fase adulta quanto na fase larval. Atua por contacto, amolecendo a cutícula destas pragas e sufocando-as. O sabão de potássio é adequado para todos os tipos de plantas.
Existem também outras soluções de uso profissional que requerem ser Portador de Licença de Aplicador de Produtos Fitossanitários para os poder utilizar.
A Bayer apresenta uma gama bastante ampla e efetiva contra o combate a esta praga (Garbol; Movento Gold).
BROCAS

Não são mais do que as formas juvenis ou em estágio larval de coleópteros e de lepidópteros (besouros e borboletas) que não ficam expostas nas plantas e que popularmente são designadas por este nome. Os insetos adultos depositam os ovos nos troncos e hastes lenhosas e as larvas que nascem cavam galerias no interior do caule, embora possam também fazer as suas galerias em diferentes partes da planta, seja na parte aérea ou na parte subterrânea da mesma. Desta forma, as brocas são geralmente de cores claras, como o branco, o amarelo, o creme e o verde pois, como ficam escondidas, não precisam de proteção contra a luz solar. Na maioria das vezes também, não possuem pelos urticantes como algumas lagartas.
Estas larvas são muito vorazes e seu efeito espoliativo é sentido rapidamente, principalmente em plantas de pequeno porte. Além do prejuízo direto, as brocas propiciam ainda a entrada nas plantas de microrganismos como fungos, bactérias, vírus e insetos secundários, capazes de provocar danos adicionais. Quando estão bem alimentadas e crescidas, entram no estágio de pupa, para então realizarem a metamorfose que em pouco tempo as transformará em insetos adultos, aptos para reprodução.
Quando o ataque ocorre na base das plantas, o sintoma típico é a morte das folhas centrais. Se a infestação estiver só numa pernada da árvore devemos cortar essa pernada.
Pode prevenir-se o ataque de brocas fazendo uma pasta de cinza de madeira misturada com água e com ela pincelar o tronco das árvores.
A existência de animais insetívoros (aves, morcegos e outros pequenos mamíferos) na vizinhança, pode contribuir eficazmente para a manutenção das pragas em níveis muito baixos, sendo de todo o interesse proteger e fomentar estes animais auxiliares, por exemplo através da colocação de ninhos artificiais.
Jatos com soluções inseticidas, dirigidos às partes afetadas, são eficientes no controle da broca, mas só devem ser utilizadas em último caso, pois também prejudicam insetos benéficos às plantas.
Se verificarmos que existem vários orifícios na planta pode aplicar-se uma pasta à base de fosfeto de alumínio tapando os mesmos.
LESMAS E CARACÓIS

As lesmas e os caracóis são moluscos herbívoros de hábitos noturnos que se movem graças a uma película de muco ou limo que produzem e deixam um rasto pegajoso por onde passam. Para produzir uma quantidade tão grande de muco para se poderem movimentar, precisam de muita água. É por isso que eles saem especialmente quando o tempo está chuvoso.
As lesmas são moluscos que apresentam redução ou ausência total de concha calcária. São dotados de pé, manto e cabeça e, nesta, têm dois pares de tentáculos, sendo um mais longo dotado de olhos nas extremidades e, no outro, estão os órgãos do olfato. A boca está situada na parte ântero-inferior do corpo, e dentro há uma lingueta denominada rádula, que é denticulada como uma raspadeira, usada para triturar os alimentos.
As lesmas adultas têm 2 a 10 cm de comprimento, dependendo da espécie, podem ser castanhas, cinzentas claras ou pretas e viver até dois anos. Chegam a depositar ovos seis vezes por ano, até 30 ovos de cada vez sendo que, nas condições certas, os ovos eclodem em poucas semanas.
Alimentam-se à noite e para se protegerem do sol e de possíveis predadores escondem-se durante o dia debaixo de folhas, tábuas, vasos, buracos no chão, etc.
O controle de lesmas pela aplicação de práticas isoladas geralmente é ineficaz, sendo necessário empregar métodos integrados para manter as populações dessa praga em níveis que não causem dano.
Os caracóis são moluscos gastrópodes terrestres de concha espiralada calcária, pertencentes à subordem Stylommatophora, que também inclui as lesmas. As diversas espécies de caracóis distinguem-se especialmente pela concha que é, na verdade, o esqueleto externo do animal. Essa concha é feita de calcário, e pesa pouco mais de um terço do peso total do animal. Os caracóis não têm audição e utilizam especialmente os sentidos do tato e do olfato que se situam em todo o corpo mas principalmente nas antenas, uma vez que pouco vêm com os olhos situados nas pontas das antenas maiores.
O tempo de vida dos caracóis varia entre 2 e 5 anos quando livres na natureza e são essencialmente herbívoros. As poucas espécies carnívoras alimentam-se de minhocas ou de outros caracóis e lesmas. São animais de hábitos noturnos e vorazes, pois comem uma grande quantidade de alimentos. Mas essa voracidade está diretamente relacionada com o clima e as estações do ano: num ambiente seco e quente podem passar vários dias sem se alimentar mas consomem diariamente cerca de 40% de seu peso nos dias frescos.
Para eliminá-los, polvilhe cal, sal de cozinha, bicarbonato de sódio ou canela em pó em redor do vaso ou do local, o que cria uma barreira defensiva também para as formigas. Ao entrar em contato com as lesmas ou caracóis, o sal de cozinha retira a água do corpo do molusco e causa um desequilíbrio interno. As células do animal começam a desfazer-se levando à sua morte. No entanto, muito cuidado com a utilização do sal já que pode salinizar o solo e matar igualmente as plantas. Recomenda-se também usar cinzas (até mesmo as da churrasqueira), pois, como o sal de cozinha, desidratam os moluscos e sem prejudicar a terra.
No entanto, estas faixas defensivas só funcionam quando não ocorre precipitação. Se chover, o número de lesmas e caracóis aumenta substancialmente e assim deve utilizar uma faixa defensiva mais substancial com serradura, agulhas de pinheiro ou areia grossa.
Um dos métodos amplamente utilizado é o método das armadilhas de cerveja. Em vasos ou canteiros ameaçados, experimente reutilizar copos de iogurtes vazios ou outros recipientes semelhantes, colocados à altura da terra, e cheios depois até 2/3 da sua altura com cerveja. As lemas e caracóis são atraídos pelo cheiro a lúpulo e malte e, como por magia, afogam-se nesta bebida.
Pode também retirar os caracóis com as mãos durante o dia, procurando debaixo dos vasos e das madeiras ou blocos onde estes ficam pousados.
Uma vez que os caracóis e as lesmas têm um olfato muito apurado, plantas com aromas muito fortes como por exemplo a cosmos (Cosmos bipinnatus), a alfazema, segurelha, a sálvia, o tomilho e também as folhas de feto ou de tomateiro têm um efeito defensivo específico acabando por afugentar os caracóis e as lesmas. No entanto, convém introduzir este tipo de plantas defensivas anteriormente referidas apenas como “medida de acompanhamento”.
A existência nas proximidades, de sapos, porcos-espinhos, corujas, corvos, melros, estorninhos, ratos, patos e galináceos pode ajudar a controlar estas pragas uma vez que são os seus predadores naturais.
MOSCA BRANCA

O controlo da mosca-branca é um desafio que começa a partir de sua identificação uma vez que várias espécies são popularmente conhecidas como mosca-branca. Desse grupo, a espécie mais importante e dispersa no mundo é a Bemisia tabaci. Já foram identificadas mais de 40 variedades dessa mesma espécie e este inseto pode-se dispersar facilmente em função do seu ciclo de vida e capacidade de reprodução.
Um grande problema relacionado com esta praga é o seu hábito alimentar. Apesar de ser conhecido como uma mosca, na verdade este inseto é um sugador de seiva que ataca a parte vegetativa das plantas podendo provocar danos que levam à perda total das plantas. Prospera em todo o mundo em ambientes tropicais, subtropicais e menos predominantemente em habitats temperados. As temperaturas frias matam tanto os adultos quanto as ninfas da espécie. A mosca-branca Bemisia tabaci pode ser confundida com outros insetos, como a mosca-das-frutas comum, mas com uma inspeção cuidadosa, verificamos que a mosca-branca é um pouco menor e tem uma cor de asa distinta que ajuda a diferenciá-la de outros insetos. Estas moscas medem entre 1 a 3 mm e são atraídas pela presença de tecidos vegetais tenros e ricos em nutrientes, como o floema, de onde suga a seiva vegetal para se alimentar.
Embora constitua um desafio, o ideal é reconhecer a presença desta praga ainda nas primeiras fases de desenvolvimento do inseto. O ciclo inicia-se quando a fêmea deposita os seus ovos na face inferior das folhas da planta. Durante a sua vida, ela é capaz de fazer a postura de 100 a 300 ovos, número que varia dependendo das condições ambientais. Cada ovo possui cerca de 0,2 mm de comprimento e coloração amarelada. Essa fase dura cerca de 5 a 7 dias, quando os ovos eclodem gerando a ninfa de 1º ínstar, que é a primeira fase de desenvolvimento.
Quando se torna ninfa, o inseto já consegue movimentar-se até encontrar uma folha para se fixar e começar a sugar a seiva. Depois disso, a ninfa passa por mais 3 estágios de desenvolvimento, torna-se pupa e, por fim, atinge a idade adulta. Na fase adulta o inseto apresenta um comportamento mais ativo e ágil, voando rapidamente quando é
perturbado. É importante lembrar que desde a fase ninfa esse inseto já é capaz de transmitir doenças e liberar toxinas que prejudicam o desenvolvimento da planta.
No caso de um ataque da mosca-branca, habitualmente no verão, surgem nas folhas das plantas imensas manchas amareladas. As manchas são consequência da atividade sugadora das moscas brancas. As moscas-brancas segregam também uma substância pegajosa (“melaço”) que acaba por cobrir as folhas. Essa camada pegajosa atrai fungos que levam as folhas a ficar pretas, impedindo a fotossíntese. Esta praga provoca assim danos de 2 tipos: danos diretos (que ocorrem como consequência da alimentação de ninfas e adultos ao sugarem a seiva e injetarem toxinas na planta) e danos indiretos (provocados principalmente pela transmissão de viroses e invasão de fungos).
Como combater esta praga?
Devem em primeiro lugar efetuar-se inspeções constantes às plantas para detetar a sua presença.
É possível fazer um controlo biológico através da introdução de inimigos naturais da praga como cigarras, besouros e joaninhas, por exemplo. Isoladamente, estes inimigos naturais não conseguem controlar a infestação porém, o uso desses agentes biológicos, pode integrar a sua estratégia de controle de praga.
O controlo químico é o método de controle da mosca-branca mais utilizado porém, a escolha do inseticida depende da fase em que se encontra o inseto, já que alguns são mais eficientes somente quando aplicados na fase adulta da mosca, enquanto outros também podem ser aplicados nas fases de ovo e ninfas. Pode utilizar um inseticida microbiológico específico ou um inseticida piretróide pulverizando a planta de todos os lados - sobretudo a parte inferior das folhas - de forma homogénea. As doses e as aplicações de inseticidas devem ser feitas de acordo com as instruções da embalagem.
Vale a pena lembrar que não é recomendável aplicar inseticidas de forma preventiva, já que essa medida não é eficiente.
Se preferir combater esta praga sem recurso a um inseticida, pode limitar a extensão da praga instalando armadilhas luminosas ou armadilhas de coloração amarela, em lona, plástico, etiquetas, garrafas plásticas etc. untadas com óleo vegetal ou azeite. Não utilize óleos minerais. As armadilhas devem ser colocadas entre as plantas, na mesma altura das plantas presentes no local. O seu objetivo é atrair e reduzir a população de adultos de mosca-branca. Aparentemente, as moscas-brancas são atraídas pela cor amarela. Também resulta com a cor laranja. Se não quiser fazer as suas próprias armadilhas, pode sempre comprá-las em lojas de jardinagem ou bricolage.
Pode colocar, se possível, barreiras de vento em toda a volta das plantas ou pelo menos perpendiculares à direção predominante do vento com o objetivo de impedir ou retardar a entrada de insetos adultos (a mosca branca tem capacidades de voo limitadas). Pode ainda usar coberturas repelentes.
O uso de plantas aromáticas na proximidade também pode ajudar. Plante ou coloque vasos com alguns pés de coentros e manjericão ou calêndulas, entre as plantas afetadas. São plantas que tendem a repelir as moscas-brancas.
Encontram-se disponíveis na Internet várias receitas biológicas que poderá utilizar no combate a esta praga. São exemplos:
- Sabão líquido natural
200 ml de água
1 colher de sopa de sabão líquido natural
1 colher de sopa de farinha de trigo
Misturar tudo e aplicar debaixo das folhas depois do por do sol. Fazer várias aplicações até desaparecer. - Macerado de alho
100 gramas de dentes de alho
2 colheres de azeite
1 L de água
20 grs de lascas de sabão azul e branco
Picar os alhos e mergulhá-los no azeite deixando macerar pelo menos durante 24 horas. Após a fermentação, adicionar lentamente a água com o sabão, misturar bem e coar.
Misture 5% deste líquido para 1 L de água se quiser um efeito inseticida.
Para um efeito repelente, aumente para 10% de líquido.
Não abusar deste método pois pode ser agressivo para os insetos auxiliares. Fazer uma aplicação apenas localizada nas plantas atacadas.- Álcool etílico
1 L de água
12 gotas de álcool etílico
3 colheres de sopa de detergente da louça
Juntar tudo evitando criar muita espuma. Aplicar com um pulverizador algumas vezes por semana. - Extrato fermentado de arruda
800g de folhas frescas em 10 litros de água durante 10 dias.
Diluir a 20% e pulverizar
Atenção, planta que pode causar alergias na pele: usar luvas ao manuseá-la. - Óleo de Neem
Cada vez mais conhecido no nosso país, este produto tem capacidades notáveis para combater várias pragas incluindo a mosca-branca. Já é possível encontrá-lo nas boas casas da especialidade e em lojas online. É relativamente barato e rentável.
- Álcool etílico
ATENÇÃO
Todas estas soluções e produtos devem ser mantidos e armazenados longe do alcance de crianças e animais domésticos e manuseados sempre com equipamento de proteção (luvas, máscara, óculos e avental ou bata).
A sua aplicação deve ocorrer sempre em condições ambientais adequadas (espaços arejados, na ausência de vento e longe de alimentos ou zonas em que estes sejam manipulados.
Fontes consultadas
https://pt.wikipedia.org
https://revistajardins.pt/plantas/pragas-e-doencas/
https://www.agro.bayer.com.br/conteudos/controle-mosca-branca
https://www.hortasbiologicas.pt/pragas-mosca-branca/